O sábado foi dia das pessoas se deslocarem aos diversos cemitérios de Feira de Santana para homenagearem àqueles que já partiram para o “andar de cima”, mas que permanecem vivos na memória e no coração de familiares e amigos, que aproveitaram o dia para levar flores e ficar junto aos seus entes queridos.
Um dos locais mais visitados da cidade foi o Cemitério Jardim das Flores – no bairro Novo Horizonte – considerado um dos maiores da cidade. Ana Cláudia, foi uma das tantas pessoas que estiveram no local, onde foi visitar o túmulo da sua mãe, falecida há 10 meses. “Todos os dias a gente lembra, porém hoje tinha que estar aqui por conta do carinho, amor e respeito que sempre tive a ela”, disse.

Durante todo o dia foram celebradas diversas missas nos cemitérios. De acordo com o padre Ibraim, que celebrou missa no Jardim das Flores, o momento é de celebrar a ressureição. “Assim como Cristo que está vivo em nós, as pessoas que já partiram, permanecem vivas no coração e na memória afetiva de amigos e parentes. Tanto que a celebração é na realidade uma confirmação que mesmo não estando neste plano, aqueles que se foram jamais serão esquecidos”, ponderou.
VENDAS

As flores são uma das formas mais tradicionais de homenagear aqueles que partiram, mas deixaram lembranças. Enquanto o Dia de Finados é um momento de reflexão e saudade para muitos, ele também oferece a oportunidade para alguns profissionais aumentarem seus ganhos e aliviar as contas.
A presidente do Sindicato dos Floristas de Feira de Santana, Simone Silva, destaca que o maior volume de vendas é esperado para este sábado (2), quando ocorre o feriado em tributo aos familiares e amigos.
“A procura está boa, mas muitos deixam para comprar na última hora. Aqui, aumentamos em 50% os pedidos de flores plantadas, como crisântemo, margaridas, bola belga, que são as mais procuradas por terem maior durabilidade e não acumularem água”, ressaltou Simone.
A florista Raimunda Oliveira, com 14 anos de experiência no ramo, observa que, após a última epidemia de dengue, a procura por plantas em vasos diminuiu em comparação aos anos anteriores.
“Um dos fatores para a queda na demanda é o receio das pessoas em adquirir vasos que possam se tornar criadouros de mosquitos da dengue. Para contornar essa questão, estamos usando vasos com drenagem e flores fixadas em esponjas que não acumulam água”, explicou.
Para Sheila Santos, autônoma de Santo Amaro, a data representa uma oportunidade de melhorar seus rendimentos. “Já trabalho com arranjos e costumo comprar em grande quantidade para revender nessas ocasiões, pois a procura é alta e vendemos bastante”, afirmou Sheila.
Por Cristiano Alves com informações e fotos de Paulo José e Secom\PMFS