Dados atualizados mostram 232.623 casos prováveis de dengue em 2024 na Bahia, um aumento de 395% em relação ao ano anterior. O estado também registrou 16.491 casos de chikungunya e 1.166 de zika, além de 1.077 casos de febre do oropouche. A diretora de Vigilância Epidemiológica do Estado, Márcia São Pedro, ressaltou que, embora os números exijam atenção, a resposta coordenada já trouxe resultados. “Conseguimos estabilizar algumas regiões com ações rápidas e integração de equipes. Mas precisamos avançar ainda mais no fortalecimento da rede assistencial e na atuação preventiva”, explicou.
O médico infectologista Antônio Bandeira, representante da Sociedade Brasileira de Infectologia e servidor da Sesab, reforçou a necessidade de reduzir a mortalidade causada pelas arboviroses, destacando a importância da preparação antecipada e do atendimento imediato. “A medida mais importante para evitar complicações graves de dengue é a hidratação vigorosa já nos primeiros atendimentos. Com uma triagem eficiente e identificação precoce dos sinais de alarme, podemos salvar vidas e evitar internações em estado crítico”, alertou.
Mobilização nacional
O secretário adjunto da Secretaria de Vigilância do Ministério da Saúde, Rivaldo Venâncio, reforçou o compromisso do governo federal em apoiar os estados. “Nosso papel é fornecer recursos e apoio técnico para que estados e municípios possam agir de forma integrada. O desafio é grande, mas o esforço precisa ser ainda maior”, destacou.
Com o lançamento do plano de ação 2024/2025, o subsecretário Paulo Barbosa concluiu com um apelo à sociedade: “Não podemos esperar que o próximo surto nos surpreenda. Precisamos agir agora, com integração, estratégia e a colaboração de todos. O combate às arboviroses depende de cada um de nós”, ressaltou.
Fonte – Agecom