Conselho se reúne para discutir possível aumento da tarifa de transporte coletivo em Feira de Santana

A Secretaria Municipal de Mobilidade Urbana, por meio de seu titular, Sérgio Barradas Carneiro, convocou o Conselho Municipal de Transportes (CMT) para uma reunião ordinária, que será realizada no dia 13 de janeiro de 2025. O encontro terá como objetivo principal analisar os custos do sistema de transporte coletivo.
Em entrevista ao programa Dia a Dia News, o secretário Sérgio Carneiro destacou a importância da reunião e comentou os planos futuros para o transporte público:
“O sistema de transporte de qualquer cidade tem um custo. Os ônibus custam entre 800 mil e mais de um milhão de reais. Há custos com garagens, rodoviários, trabalhadores, pessoal de apoio, manutenção, compra de peças e o óleo diesel, que possui uma política própria de reajustes. Precisamos introduzir mudanças nos parâmetros dessa discussão. Muitas vezes, há a percepção equivocada de que o subsídio é um benefício aos empresários, mas isso não é verdade. Quando você subsidia a tarifa de ônibus, está beneficiando os usuários, especialmente os trabalhadores e estudantes, que dependem do transporte público para cumprir horários. ”
O secretário reforçou a importância de atender trabalhadores e estudantes que precisam do transporte público:
“Precisamos priorizar o usuário em geral, principalmente aqueles que não têm condução própria. Dentro dessa prioridade, o foco maior deve ser nos trabalhadores e estudantes que têm horários a cumprir. ”
Sobre a reunião marcada para o dia 13 de janeiro, às 10h, no gabinete do secretário, Sérgio explicou os temas a serem debatidos pelo Conselho Municipal de Transportes:
“Depois de um ano e meio , o último reajuste da tarifa foi em agosto de 2023. Nossa diretoria técnica está examinando os custos inflacionários de todos os componentes do sistema. Assim, poderemos chegar a uma tarifa real, que cubra os custos do transporte.”
Ele detalhou os desafios enfrentados com o subsídio às tarifas:
“Há um ano e meio, a tarifa técnica era de R$ 8,00. Por que os usuários pagam apenas R$ 4,75? Porque os estudantes têm meia passagem, os idosos viajam gratuitamente, e a Prefeitura subsidia esses custos. O subsídio não é para os empresários, mas para garantir que a população: trabalhadores, estudantes e idosos, possa usar o transporte. Feira de Santana é maior que oito capitais brasileiras, mas não possui orçamento equivalente. O desafio é encontrar um equilíbrio entre o custo do sistema e o orçamento disponível.”
O secretário também mencionou os rodoviários e o papel do prefeito José Ronaldo nos avanços da mobilidade urbana:
“Essa categoria tem sido fundamental para os avanços na mobilidade em Feira de Santana. Com a experiência e o compromisso do prefeito José Ronaldo, discutiremos o quanto do orçamento municipal poderá ser destinado a beneficiar os usuários do transporte. Temos promovido melhorias claras: ônibus articulados com ar-condicionado, maior capacidade de passageiros, terminais aprimorados e integração que permite ao usuário utilizar até três ônibus com uma única passagem.”
Sobre os desafios enfrentados pelo Conselho Municipal de Transportes, Sérgio declarou:
“Esse é o grande debate que queremos promover. Sabemos que o usuário já lida com outros aumentos, como gás de cozinha e energia elétrica. Cabe à Prefeitura colaborar para reduzir esse impacto.”
Ao ser questionado sobre a atualização de taxas municipais no ano passado, baseada no índice IPCA (4,87%), Sérgio explicou:
“O último reajuste da tarifa foi em agosto de 2023. Desde então, o diesel teve aumentos expressivos, como o de 17% logo no mês seguinte. Estamos analisando dados confiáveis e índices inflacionários como INPC e FGV para calcular a nova tarifa técnica, mas ainda não concluímos os estudos. Essa tarifa não será cobrada do usuário final, mas serve como referência para definir o subsídio necessário.”
Sérgio reafirmou o compromisso de garantir uma solução justa para a população:
“O que posso dizer é que a tarifa técnica subiu desde os R$ 8,00 de um ano e meio atrás. Nosso trabalho é garantir que os custos sejam absorvidos de maneira justa.”
Por fim, o secretario falou sobre o seu desejo de ter a imprensa presente na reunião do dia 13\01:
“Quero que a imprensa participe da reunião, mas a decisão final cabe ao Conselho.”
Com informações Miro Nacimento