Foi realizada nesta segunda-feira (13), a reunião ordinária, que teve como objetivo definir o valor das tarifas de ônibus.
O secretário de Mobilidade Urbana, Sérgio Carneiro, falou sobre o aumento das tarifas, que antes custavam R$ 4,75 e passaram a R$ 5,15.
“Então, nós precisamos fazer o reajuste ano a ano, porque é de lei. É um contrato e temos que considerar todo o reajuste do diesel, que é o combustível do transporte coletivo. Também devemos levar em conta o aumento salarial, que é superior ao salário mínimo, pois existem acordos sindicais com os rodoviários que resultam em dissídios coletivos acima do reajuste do salário mínimo. Além disso, consideramos as outras despesas, que resumimos no INPC, o menor índice do país, abaixo de outros indicadores como a FGV e o IPCA. A partir disso, aplicamos uma fórmula paramétrica”, explicou Sérgio.
Sobre a passagem, ele afirmou: “Consideramos 19% de aumento no diesel, 36% das despesas medidas pelo INPC e 45% do aumento de pessoal. Esses índices de pessoal, despesas e diesel geram uma fórmula paramétrica que resultou em um índice de 8,57%. Esse índice foi aplicado à tarifa de R$ 4,75, o que elevou o valor para R$ 5,16. Porém, reduzimos para R$ 5,15. O reajuste será de apenas 40 centavos, passando de R$ 4,75 para R$ 5,15. Para os estudantes, o aumento foi ainda menor, de apenas 15 centavos, passando de R$ 2,35 para R$ 2,50. A tarifa para idosos e portadores de deficiência permanece a mesma.”
Sérgio também comentou sobre o valor ajustado para os estudantes: “O poder público continua arcando com 100% do custo. No caso dos estudantes, o poder público vai bancar 73%. Para os usuários em geral, aqueles que utilizam o cartão e pagarão a tarifa de R$ 5,15, o poder público está subsidiando 44%.”
Sobre a tarifa nos distritos, o secretário explicou: “As tarifas nos distritos sempre foram mais altas do que nas áreas com percursos menores. Então, nos distritos, o valor foi ajustado para R$ 6,30, conforme entendimento do Conselho. Inclusive, a proposta inicial era um valor maior, mas o debate no Conselho resultou em R$ 6,30.”
Em relação aos pagamentos em espécie, Sérgio informou: “Aqueles que pagam em espécie sempre pagaram 10% a mais, mas vamos cobrar menos que isso, ajustando para R$ 5,50. No entanto, o que realmente importa para a maioria da população, que utiliza o cartão, é a tarifa de R$ 5,15.”
O secretário ainda explicou que o decreto passará a valer após ser encaminhado ao prefeito: “Depois que o prefeito publicar o decreto, vou encaminhá-lo ao setor responsável pela publicação e, posteriormente, enviarei para o prefeito para assinatura. Após isso, encaminharemos o resultado e a ata da reunião.”
Questionado sobre as condições dos coletivos, ele destacou: “Já estamos trabalhando na renovação da frota. Desde que assumi, a cobrança por essa renovação foi constante. Já temos muitos ônibus com ar-condicionado e maior capacidade, de 120 a 140 passageiros. Atualmente, 33 bairros estão 100% cobertos por ônibus com ar-condicionado. Além disso, temos o BRT e as linhas universitárias, que somam quase 70 quilômetros.”
Tabela de tarifas e subsídios:
Tarifa Social (Cartão Eletrônico): R$ 5,15 (Subsídio: 44%)
Pagamento em Espécie: R$ 5,50 (Subsídio: 41%)
Estudantes: R$ 2,50 (Subsídio: 73%)
Distritos (Bonfim de Feira, Tiquaruçu e Jaguara): R$ 6,30 (Subsídio: 32%)
Idosos e Portadores de Deficiência: Gratuito (Subsídio: 100%)
A tarifa técnica, que reflete o custo real por passageiro, é de R$ 9,26.
Com informações da redação: Fernanda Martins Foto divulgação: Andrews Pedra Branca
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