FUTURO INCERTO: A não implantação da escola cívico-militar em Feira de Santana obedece uma decisão baseada na revogação pelo MEC

A escola deve considerar a extinção da portaria feita pelo Ministério e buscar os bons resultados, as boas práticas, os bons costumes e as boas metodologias aplicadas na escola, extinguindo o uso da palavra “cívico

Em solenidade de abertura do ano letivo de 2025 da rede municipal de Feira de Santana, o secretário de educação Pablo Roberto, em entrevista ao programa Dia a Dia News da rádio Sociedade, enfatizou a revogação pelo MEC da portaria orientadora do Programa Nacional de Escolas Cívico-Militares.

Segundo Pablo, a rede municipal já trabalha para a disciplina, para construir a civilidade, para orientar os alunos acerca do conhecimento do hino do Brasil, da Bahia e da cidade de Feira de Santana. Isso, para ele, independe da escola ser cívico-militar, pois faz parte da proposta de educação.

Assim sendo, a discussão sobre manter ou não a escola cívico-militar deve ser pautada nas orientações do MEC, isto é, a escola deve considerar a extinção da portaria feita por esse Ministério e buscar os bons resultados, as boas práticas, os bons costumes e as boas metodologias aplicadas na escola, extinguindo o uso da palavra “cívico”.

Em concordância com o secretário, José Ronaldo ratificou a decisão do Governo Federal de anulação da portaria acerca da escola cívico-militar, todavia relembrou seu tempo de estudante nesse tipo de instituição e salientou a relevância de manter a civilidade no ambiente escolar e familiar.

Para o programa Dia a Dia News da rádio Sociedade, a Diretora Gabriela Moreira, gestora da Escola Municipal Antônio Carlos Gonçalves da Silva, ressalvou que bons resultados do IDEB vêm comumente de escolas cívico-militares. No seu ponto de vista, esses índices revelam a disciplina ensinada por essas escolas aos seus alunos.

Em contrapartida, a gestora defende a possibilidade de manter a instrução da civilidade, da disciplina no ambiente escolar mesmo quando a escola não é cívico-militar:

“ Nesse espaço, eu não tenho problema com disciplina. Temos alunos que ao riscarem a parede, sujarem o banheiro são orientados a desfazer aquele ato, a corrigir o que fizeram.”

A diretora destaca ainda que essa metodologia disciplinar é conhecida pelas famílias e essas apoiam tal prática.

EM FEIRA DE SANTANA

Em julho de 2023 após o governo federal decidir encerrar o Programa Nacional de Escolas Cívico-Militares (Pecim), o município de Feira de Santana optou por manter o programa com recursos municipais. Ela era a única escola do tipo em funcionamento no estado.

Criado em 2019, o projeto permitia a transformação de escolas públicas para o modelo cívico-militar. O formato propunha que educadores civis ficassem responsáveis pela parte pedagógica, enquanto a gestão administrativa era dos militares.

Em Feira de Santana, a Escola Cívico-Militar Quinze de Novembro é exclusiva para o ensino fundamental II e comportava 540 alunos, do sexto ao nono ano e com nova sede que foi construída na cidade também com recursos próprios a capacidade da instituição foi ampliada para mil alunos.

Escrita Por Letícia Linhares foto: divulgação

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