Dra. Ângela Carvalho, coordenadora da Vigilância Epidemiológica do Hospital geral Clériston Andrade (HGCA), palestrante, mentora, consultora e educadora financeira, em entrevista ao programa Dia a Dia News, falou sobre o aumento de casos de picadas de escorpião em Feira de Santana.
Entre os meses de janeiro a novembro de 2024, o atendimento por acidente escorpiônico somou 685 casos no HGCA. A Dra. Ângela alertou aos ouvintes que, caso aconteça algum acidente por picada de escorpião, a pessoa deve se dirigir imediatamente ao Hospital Geral Cleriston Andrade, pois é a única unidade hospitalar que possui o soro antiescorpiônico.
“Na nossa região existem dois tipos de escorpiões mais comuns, que causam esses acidentes. São os escorpiões identificados como escorpião amarelo, que é todo amarelinho, e o outro, que também é amarelo, mas tem as costas pretas. Então, são dois tipos. Somos uma cidade de entroncamento rodoviário, então eles podem vir em algumas cargas que chegam à cidade. Tivemos um caso de escorpião preto, que é da região amazônica, mas, por receber muita madeira aqui, podem vir escorpiões de outras regiões.” Explicou a doutora sobre o aparecimento de outros tipos de escorpiões.
A doutora ressaltou que o escorpião não precisa de macho e fêmea para se reproduzir, pois ele faz partenogênese, ou seja, ele consegue se reproduzir sozinho. Quando se reproduz, os escorpiõezinhos ficam nas costas do escorpião adulto até que se desenvolvam o suficiente para viver de forma independente.
“A barata é o principal alimento do escorpião. Não existe um veneno, um inseticida, para matar escorpião. Para combater os escorpiões, é preciso combater os locais onde eles ficam alojados e combater o alimento. Então, onde tem barata, provavelmente pode ter escorpião,” alertou Ângela.
A doutora salientou que o principal predador natural do escorpião é a galinha de Angola e que muitos lugares já adotaram a criação dessas galinhas para combater os escorpiões. Ela também falou sobre os riscos da picada de escorpião para pessoas idosas e crianças.
Fonte: Miro Nascimento Escrita: Fernanda Martins Foto: Letícia Linhares