Cooperfeira diz que isenção de imposto de importação não terá efeito para o consumidor

A Cooperfeira (Cooperativa Pecuária de Feira de Santana), que figura entre os maiores frigoríficos da Bahia com um abate mensal de cerca de 10 mil bois, avaliou que a recente medida do governo federal de isenção do imposto de importação para alguns alimentos, incluindo a carne, não deve impactar os preços do produto no mercado local. A análise é do presidente da cooperativa, Luiz Alberto Falcão, que explica que o Brasil, como maior exportador mundial de carne, não depende de importações significativas que possam influenciar os valores praticados internamente.

Segundo Falcão, o preço da arroba do boi, que chegou a ser comercializada a R$ 320,00 no final do ano passado, registrou queda para R$ 280,00. A estabilização ocorre devido à alta oferta de carne e ao consumo abaixo do esperado.

Efeito do ICMS no preço ao consumidor

De acordo com Luiz Alberto Falcão, a isenção do imposto de importação não deve afetar o preço da carne para o consumidor final, pois esse imposto não impacta diretamente o produtor. Qualquer efeito nos preços só seria percebido caso o governo estadual promovesse uma redução ou isenção do ICMS, imposto cobrado na venda direta ao consumidor pelos frigoríficos e supermercados. Para o líder pecuarista, a queda no preço da arroba do boi para o produtor só acontece se houver uma interferência mais efetiva do governo no subsídio da atividade.

Estoque cheio reflete baixo consumo

Apesar da alta procura pelo serviço de abate, a Cooperfeira enfrenta um cenário de estoques cheios devido ao baixo consumo. De acordo com Agenor Campos, diretor da cooperativa, o produtor, que traz o boi para abate, muitas vezes não consegue vender toda a produção, deixando-a estocada no frigorífico até retomar os negócios. “Com a oferta elevada e um consumo abaixo do esperado, o preço tende a se estabilizar ou cair”, acrescenta Campos.

A cooperativa atende principalmente produtores da região de Feira de Santana e de outras localidades baianas, contando com uma localização estratégica e todas as inspeções sanitárias federais e estaduais. Atualmente, a Cooperfeira opera no limite de sua capacidade de abate, não pela capacidade de processamento, mas pela limitação nos sistemas de refrigeração — essenciais para garantir que a carne permaneça em câmaras frias por pelo menos 12 horas, conforme as normas sanitárias.

Sobre a produção de carne na Bahia

A Bahia se destaca como o único estado do Nordeste autossuficiente na produção de carne, com a região Oeste liderando como maior produtora, especialmente pelo acesso facilitado aos grãos utilizados na alimentação dos bovinos confinados. O estado tem 13,3 milhões de cabeças de boi, o que representa 5,6% do rebanho nacional. O gado de corte representa 80% do rebanho bovino baiano.

Sobre a Cooperfeira

A Cooperfeira atua há 50 anos no mercado pecuário baiano, oferecendo serviços de abate com tecnologia de ponta e certificações rigorosas. A cooperativa mantém sua posição de relevância no setor, atendendo demandas locais e de outras regiões do estado, com foco na qualidade e segurança alimentar. A unidade de abate, o Frifeira, fica no distrito de Humildes.

Endereço: BR-101, s/n – KM 177 (Humildes)
Referência: próximo ao posto da Polícia Rodoviária Federal

Fonte: Marcílio Costa Foto: Divulgação

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