Miro Nascimento 
A cada três segundos há uma nova tentativa de fraude digital no Brasil, segundo dados do Serasa. Os criminosos estão utilizando a Internet cada vez mais como uma ferramenta para aplicar golpes, gerando roubos de informações pessoais e perdas financeiras.
Entender de que forma esses crimes ocorrem e conhecer práticas de segurança digital são fundamentais para se proteger de golpistas e evitar possíveis prejuízos.
Quais são os golpes digitais mais frequentes?
Com os avanços da tecnologia, fica cada vez mais difícil dizer o que é verdade e o que é fraudulento no universo digital – e qualquer mínimo detalhe ignorado pode custar caro. Golpistas que atuam online se beneficiam todos os dias da fragilidade e inocência das pessoas para enganá-las.
Através de estratégias antigas e atualizadas, eles conseguem acessar telefones e computadores, coletar dados e tirar dinheiro dos usuários da Internet. Às vezes o golpe chega por meio de um boleto falso, por uma promessa de um serviço que nunca será cumprido ou até mesmo por uma vaga de emprego inexistente.
A lista é longa e ainda não há uma solução para essas fraudes digitais que se multiplicam na Internet. Mesmo que as autoridades desenvolvam novos recursos de segurança, os criminosos vão continuar melhorando suas técnicas e se aproveitando da boa-fé dos internautas.
É muito importante saber quais são os golpes aplicados com mais frequência e estar atento aos primeiros sinais. Entre os mais comuns, estão:
Golpe da página falsa de empresas
Golpistas criam páginas ou perfis falsos que imitam empresas e instituições renomadas para induzir as pessoas a clicarem nos links e assim poderem capturar dados pessoais, como nome de usuário, senhas, números de cartão de crédito e outras informações.
Golpe do WhatsApp
Utilizam um número desconhecido e uma foto da vítima no perfil, os golpistas enviam mensagens pelo WhatsApp para os contatos da vítima pedindo transferências bancárias ou pagamentos de boletos no nome da pessoa. É comum que ele inicie a conversa dizendo que perdeu o telefone antigo e esse é o seu novo número.
Golpe do boleto falso
Os criminosos criam boletos falsos que se parecem muito com os já emitidos por grandes instituições e têm valores próximos ao que seria a realidade. Ao efetuar o pagamento, a vítima transfere o dinheiro diretamente para os golpistas, sem receber o produto ou o serviço prometido.
Golpe do Pix
O Pix também passou a ser utilizado por golpistas após se popularizar no Brasil. Os criminosos entram em contato com as vítimas oferecendo produtos ou serviços em troca do pagamento através da ferramenta. Após o Pix ser efetuado, a pessoa desaparece.
Golpe do “pishing”
Através de mensagens fraudulentas, os golpistas entram em contato com as vítimas como se fossem instituições reconhecidas, como bancos e distribuidoras de energia, ou até como amigos próximos, e incluem links maliciosos levando os internautas para sites falsos onde seus dados pessoais são capturados.
Golpe da falsa central de atendimento
Criminosos entram em contato com a vítima fingindo representar um banco ou uma empresa e relatam algum problema, que pode ser uma falsa conta atrasada ou uma compra inexistente num valor alto, por exemplo. Eles se aproveitam então para obter dados pessoais, tirar vantagens financeiras ou controlar o celular da pessoa que está caindo no golpe.
Golpe do anúncio de emprego
Aproveitando da fragilidade das pessoas que procuram oportunidades de trabalho, os criminosos criam sites falsos com vagas que possuem benefícios e salários que não existem para roubar informações pessoais e até mesmo dinheiro das vítimas.
5 dicas práticas para não cair em golpes digitais:
Além de saber quais são os tipos de golpes que estão sendo aplicados na Internet, também há algumas dicas básicas de segurança que ajudam a não cair nessas e em outras fraudes:
– Antes de transferir ou pagar alguma fatura, é essencial verificar a identidade de quem está solicitando o pagamento. Em caso de desconfiança, não concluir a operação. Principalmente em casos de amigos que estão em suposta dificuldade financeira;
– Ter cuidado ao clicar em links recebidos por e-mail, mensagens de SMS, WhatsApp ou redes sociais que direcionam a cadastros de informações pessoais ou de pagamento. Certifique-se de que realmente são dos canais ou parceiros oficiais da empresa.
– Não realizar transferências para pessoas conhecidas sem antes confirmar por chamada telefônica ou pessoalmente. Lembre-se que o WhatsApp do solicitante pode estar clonado.
– Evitar a repetição de senhas em todos os aplicativos e não utilizar informações pessoais óbvias na hora de criá-las, como datas de nascimento, nome próprio ou de familiares.
– Desconfiar de ofertas, vagas de emprego ou promoções online que pareçam muito boas e fáceis. Sempre verifique a legitimidade do site e da empresa antes de fornecer qualquer informação pessoal ou efetuar um pagamento.
FONTE: PORTAL COELBA FOTO: DIVULGAÇÃO
