Para fortalecer o sistema de defesa fitossanitária estadual e, dessa forma, transmitir ainda mais segurança ao setor produtivo, ao mercado e à sociedade, a Agência de Defesa Agropecuária da Bahia (Adab) realizou uma importante missão técnica no estado Rio Grande do Norte. O intercâmbio entre as agências de defesa agropecuária dos estados visa um melhor monitoramento, vigilância e controle da Anastrepha Grandis, uma espécie de mosca-das-frutas.
A praga ataca os cultivos de melão, melancia, abóbora e pepino, restringindo a exportação dessas olerícolas para a maioria dos países do mundo (Argentina, Uruguai, Chile e EUA), que impõem restrições fitossanitárias na importação de frutos frescos destas cucurbitáceas do Brasil.
“A expectativa é obter o reconhecimento e certificação que permitirão a comercialização dos produtos baianos. Para isso, precisamos, inicialmente, desenvolver o Sistema de Mitigação de Risco (SMR) nas culturas da melancia e da abóbora, no município de Ibirapuã (BA), localizado no Território de Identidade Extremo Sul, onde já há a intenção de empreendimentos exportarem para a Argentina. O passo seguinte será a adesão dos outros municípios a esse Sistema”, explica o coordenador do Projeto Fitossanitário de Controle das Mosca-das-Frutas, da Adab, Weber Aguiar.
O Sistema é uma opção de manejo de risco de pragas que viabiliza a consolidação e abertura de parcerias comerciais. De acordo com a legislação em vigor, caberá à ADAB elaborar e encaminhar projeto, solicitando o reconhecimento do Sistema de Mitigação de Risco (SMR) de Anastrepha grandis, à Superintendência Federal de Agricultura e Pecuária (SFA – BA/MAPA), que formalizará processo.
O diretor de Defesa Sanitária Vegetal da ADAB, Vinícios Videira, reforçou a importância do intercâmbio entre os estados. “Uma ótima oportunidade para discutirmos e intensificarmos as ações de monitoramento de pontos de risco, a fiscalização do trânsito e comércio das cucurbitáceas, certificação fitossanitária de origem, além do uso de boas práticas fitossanitárias nas lavouras necessitaram ser implementadas e adotadas pela execução do plano de contingência”, avalia.
Vale ressaltar que a primeira Área Livre da Praga (ALP) Anastrepha Grandis foi no estado do Rio Grande do Norte (1991), desde então várias ações de Defesa Sanitária Agropecuária foram implementadas no estado.
Videira explica que o produtor de cucurbitáceas (melão, melancia, abóbora e pepino), interessado em exportar seus produtos, precisa formalizar à ADAB o interesse em aderir ao SMR. “Após a adesão, a agência elabora e encaminha projeto, solicitando o reconhecimento do Sistema de Mitigação de Risco (SMR) de Anastrepha grandis, à SFA-BA/MAPA. Em seguida, a ADAB realiza o monitoramento da praga pelo período ininterrupto de seis meses e, ao final, encaminha relatório à SFA-BA/MAPA que, após análise e parecer, realiza auditoria e reconhecimento oficial, caso sejam atendidas as exigências, e dá ampla divulgação”,esclarece.
Por ASCOM-ADAB