O Coletivo Unidos pelo Samba surgiu em 2015, no bairro Feira X, em Feira de Santana, com o objetivo de reunir sambistas, músicos e admiradores do samba para participarem do Bando Anunciador — cortejo popular que acontece na cidade para anunciar as festividades em homenagem à padroeira, Senhora Santana.
Logo após o Bando, o coletivo foi oficialmente criado com a proposta de realizar ações em prol do samba, buscando sua afirmação como uma expressão cultural de destaque em Feira de Santana.
Danilo Ferreira, diretor do Unidos pelo Samba e organizador do evento que aconteceu neste domingo (13), na Arena do Amélio Amorim, conversou com a reportagem do Dia a Dia News.
Danilo contou que, desde sua criação, o coletivo vem promovendo diversas ações solidárias:
“Realizamos rodas de samba como essa que estamos vendo aqui, temos um bloco na Micareta, onde fazemos a Caminhada do Samba, entre outros eventos e iniciativas que visam o fortalecimento do samba como cultura de raízes em Feira de Santana”, explicou.
Sobre a Micareta de Feira 2025, o diretor afirmou que o bloco sairá no domingo, embora o horário ainda não esteja definido.
“Esse é o sétimo ano do Unidos pelo Samba na avenida. A nossa expectativa é que cerca de 1.500 pessoas acompanhem o bloco este ano. É basicamente uma roda de samba no meio da avenida. Desfilamos em um trio que não é o tradicional, é o chamado trio pranchão , ele é aberto nas laterais, de forma que as pessoas acompanham a roda de samba como se estivessem em um samba tradicional”, disse Danilo.
O coletivo ainda não é uma instituição formal, por isso não possui carteirinha ou estrutura jurídica. No entanto, conta com a colaboração de cerca de 80 a 90 pessoas e frequentadores assíduos das rodas de samba.
“Contamos com a parceria de outro coletivo, o Mostraê, que organiza feiras de artesanato e movimenta a economia criativa da cidade. Os expositores colaboram com um valor simbólico, que é destinado à estruturação do evento”, explicou.
A entrada para a roda de samba é gratuita. Os valores arrecadados com a venda de bebidas no bar ajudam a cobrir os custos com estrutura, iluminação, banheiros químicos e cachê dos músicos.
Sobre a escolha do espaço, Danilo comentou:
“Começamos no Amélio Amorim em 2024, quando percebemos a escassez de espaços na cidade para esse tipo de evento — especialmente com a lógica não comercial, que é própria do Unidos pelo Samba. Muitas vezes, o custo é muito alto para realizar algo assim em um espaço particular. Além disso, dificilmente se consegue vender a própria bebida em locais privados. Aqui conseguimos isso, sem precisar cobrar entrada. Nosso objetivo é fazer com que o evento seja o mais democrático possível”, finalizou.
Escrita pela estagiária Fernanda Martins, com informações de Fernanda Martins. Foto: Fernanda Martins