Início » Júri: dono de carro usado na morte da pastora Sara Freitas ajudou a identificar motorista

Júri: dono de carro usado na morte da pastora Sara Freitas ajudou a identificar motorista

0 comentários

Dono do carro usado para levar a pastora Sara Freitas até o local em que ela foi morta, Hugo Ricardo Cora foi testemunha de acusação nesta terça (15), no julgamento de Gideão Duarte Lima, acusado de dirigir o veículo e levar Sara para a emboscada. Conhecido como Apóstolo Hugo, ele contou durante a investigação que não gostava de ceder o carro, mas emprestou o veículo para seu vizinho, Gideão, após muita insistência. 

Ele relembrou quando o vizinho pediu para usar seu veículo. “Gideão chegou para mim e pediu o carro emprestado. Pediu pelo amor de Deus porque o carro dele tinha dado problema. Falou que demoraria apenas 20 minutos e eu acabei emprestando. Saiu da minha casa por volta das 20h com o carro”, contou. 

Apóstolo Hugo relatou que inicialmente negou o pedido, justamente porque não gosta de emprestar seu carro. Mas Gideão insistiu. “Quando eu neguei primeiro, houve uma insistência dele que tinha uma passageiro para levar e precisava do veículo. Apesar de dizer que eram 20 minutos, ele saiu 20h, mas voltou para depois da meia noite, quase às 1h da manhã”, relembrou.

Na época, ele diz que questionou a esposa de Gideão, que contou que ele tinha ido buscar um celular. Ao voltar, o vizinho não deu satisfação pelo atraso. “Mesmo com a demora, ele não disse nada, não me deu uma explicação. Apenas me entregou o carro e subiu. Só fui tomar conhecimento do meu carro nessa situação na segunda-feira, quase uma semana depois”, explicou a testemunha. 

Quando a morte de Sara Freitas tomou conta do noticiário, Apóstolo Hugo percebeu que seu carro aparecia nas imagens. “Eu me apresentei quando soube do desaparecimento e da morte de Sara Freitas, e visualizar o meu carro na reportagem. Após isso, fui para a delegacia para me apresentar e entregar o meu veículo”, explicou. 

Hugo ajudou a investigação a identificar o motorista. “Depois que eu fui para a polícia, me perguntaram se eu conhecia quem estava dirigindo na imagem do carro. Eu disse que sim, que ele era meu vizinho e levei eles onde Gideão morava. Porém, ele não estava lá no momento”. 

Outra testemunha

Antes do Apóstolo Hugo, outra testemunha de acusação foi ouvida. O pastor evangélico André Santos, da Igreja Batista de Dias D’Ávila, contou que conhecia a pastora Sara e que ela cantou em sua igreja pelo menos três vezes. Ele soube do desaparecimento de Sara pela imprensa. 

Na data em que Sara sumiu, o pastor não tinha conhecimento de nenhum compromisso dela na cidade. Além disso, segundo ele, a terça-feira não é um dia onde há culto nas igrejas da cidade, diferente do que alegou Ederlan para a vítima quando a enviou com Gideão de carro.

O pastor também foi questionado pela defesa se era normal que bispos pedissem que fossem buscar pastores ou cantores para eventos, e se esse pedido levantaria suspeita. Ele afirmou que isso era comum e um pedido do tipo não seria recebido com suspeita. Gideão alega que foi buscar Sara a pedido do bispo Zadoque, sem saber do plano criminoso. 

A investigação aponta Ederlan Mariano, marido da vítima, como autor intelectual. Já os executores apontados pelo inquérito policial são Bispo Zadoque e Victor Gabriel. Os três, no entanto, ainda não vão passar porque interpuseram recurso quando a data foi estipulada e o caso foi desmembrado. Gideão é o primeiro a ser julgado por não ter recorrido. 

Fonte: Jornal Correios Foto divulgação

Todos os Direitos Reservados. Produzido por  Alcance Marketing Digital