Diretora do HGCA afirma que Micareta não impactou funcionamento do hospital

A Dra. Elvia, diretora médica do Hospital Geral Clériston Andrade (HGCA), em entrevista ao Dia a Dia News, falou sobre o ritmo de atendimento do hospital durante o período da Micareta.

Elvia afirmou que a Micareta não afetou a dinâmica do HGCA e que o hospital continuou atendendo normalmente toda a região, assim como as UPAs e policlínicas.

“O hospital, que já mantém um quadro de superlotação com capacidade instalada acima de 100%, continuou funcionando. Em relação à Micareta em si, o número de ocorrências foi muito pequeno. Não tivemos registros de ocorrências graves. Nenhum paciente, até o momento, precisou de suporte de terapia intensiva ou de cirurgia. Os dados mostram, de fato, uma micareta de paz, tranquila”, afirmou.

Sobre as ocorrências relacionadas a acidentes com motocicletas — uma das principais causas da superlotação, a diretora médica destacou que, durante a Micareta, o número de casos foi reduzido graças à atuação conjunta do DETRAN e da Secretaria Municipal de Trânsito.

“Nos finais de semana, que geralmente têm festas, as pessoas consomem bebida alcoólica e acabam desrespeitando as normas de trânsito. Muitos não utilizam capacete. Notamos uma demanda muito alta de pacientes do sexo masculino, jovens, vítimas de acidentes com motocicletas. São acidentes graves, que muitas vezes incapacitam esses pacientes por longos períodos e dificultam o retorno à vida normal e ao trabalho”, relatou.

Sobre a forma correta de procurar atendimento, a diretora reforçou:

“O Clériston Andrade é um hospital de referência. Quando falamos em hospital de referência, estamos falando de um hospital terciário. Por isso, orientamos que, diante de uma queixa clínica ou situação de menor gravidade, o paciente procure as UPAs e policlínicas da cidade. Ele será atendido por um médico e, se for necessário, será encaminhado para a unidade terciária.”

E completou:

“A unidade terciária precisa estar organizada para receber essa demanda referenciada. Se a pressão na porta de entrada for muito alta, o fluxo de regulação não se sustenta. Por isso, é fundamental que o primeiro atendimento ocorra nas UPAs e policlínicas, e que o encaminhamento seja feito pela própria equipe de saúde dessas unidades.”

Sobre os casos de picadas de animais peçonhentos (como cobras e escorpiões), Elvia relatou:

“Temos uma demanda diária de pacientes vítimas de acidentes com escorpiões e cobras. Existem períodos mais críticos — o mês de março, por exemplo, registrou um número elevado de casos. Mas é algo que consideramos endêmico, ou seja, infelizmente faz parte da realidade da nossa região.” concluiu.

Escrita pela estagiária Fernanda Martins, com informações de Fernanda Martins. Foto divulgação

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