A academia onde a estudante Dayane de Jesus, de 22 anos, morreu na última terça-feira (20) anunciou a retomada das atividades e causou polêmica nas redes sociais. Isso porque a unidade volta a operar em meio a uma investigação que pode resultar no indiciamento do responsável pelo local e fez um texto que ironiza o posicionamento de clientes e profissionais sobre o caso durante o seu fechamento temporário.
“Voltamos com força total”, anunciou a academia em publicação. O texto do post diz ainda que os responsáveis pela unidade são obcecados por segurança em ambiente de treino e pede ‘desculpa pela fatalidade’, se referindo ao caso de Dayane. Em seguida, a publicação se dirige a profissionais que discordam da reabertura. “Ninguém está aqui obrigado. A empresa tem dono. Não gostou, é só sair”, diz a publicação, apagada após a polêmica na última quinta-feira (22).
Um dia após a morte de Dayane, a academia foi interditada após investigações da 12ª Delegacia de Polícia (DP) de Copacabana, no Rio de Janeiro, onde a unidade fica. A medida foi tomada depois que foi identificada a ausência de desfibrilador no local. No dia seguinte, já na quinta-feira, a unidade foi desinterditada porque os proprietários compraram e apresentaram um desfibrilador.
O laudo do Instituto Médico-Legal (IML) sobre a causa da morte de Dayane foi inconclusivo e um laudo complementar mais detalhado foi solicitado. A investigação se dá para saber se o desfibrilador poderia ter evitado a morte da jovem. Caso isso seja comprovado, é possível que o responsável tenha que responder por crime culposo, considerando que o equipamento é obrigatório
Dayane morreu enquanto treinava. Um vídeo gravado por uma câmera de segurança mostra que a jovem usa o celular e senta em um dos aparelhos da academia. Segundos depois, ela desmaia e cai no chão. Alunos e professores que estavam no local tentaram socorrê-la.
Fonte: Jornal Correios Foto divulgação