Osni Cardoso, secretário de Desenvolvimento Rural do Estado da Bahia, em entrevista ao programa Dia a Dia News, falou sobre os serviços e projetos da sua pasta no governo estadual.
Ele ressaltou que a secretaria faz parte de uma das melhores estratégias criadas pelo governador Jerônimo Rodrigues, destacando que cerca de 1,8 milhão de pessoas já foram retiradas da situação de insegurança alimentar, com o apoio de programas como o Bahia Sem Fome.
“Na Secretaria de Desenvolvimento Rural, temos um projeto dentro do Bahia Sem Fome, com investimento de R$ 222 milhões, que está indo para o campo, buscando pessoas em situação de dificuldade alimentar. Caso essas pessoas tenham um pedaço de terra, vamos cadastrar, orientar e apoiar para que produzam algo. A ideia é que produzam para si, garantindo sua segurança alimentar.”
Osni afirmou que o trabalho do governador tem sido o de resgatar a dignidade humana por meio do acesso ao essencial: água, alimentação e moradia.
Sobre a agricultura familiar e os pequenos produtores, o secretário destacou:
“Esse é o principal público que atendemos. O agricultor familiar tem várias atividades ao longo do ano: cria um animal, planta milho, feijão-de-corda. Cada um faz um pouco, e temos acompanhado esse processo.”
Ele continuou:
“Tivemos o programa de sementes, e em alguns territórios são sementes crioulas, porque estamos comprando das associações e repassando para outras, promovendo a difusão e a soberania sobre essas sementes. Também realizamos a entrega de 250 mil sacas de milho para regiões onde não houve produção de ração ou alimento animal, garantindo mais um mês de sobrevivência.”
Sobre o Seguro Safra, Osni explicou que o governo tem atuado na articulação com instituições financeiras para facilitar o acesso dos produtores rurais:
“Estamos em diálogo estreito com o Banco do Nordeste, Banco do Brasil e também com a Caixa Econômica. Mas, além disso, estamos promovendo um debate sobre a necessidade de mudar o perfil da produção.”
“Sabemos que há anos de seca, e que às vezes não se consegue produzir. O Seguro Safra cobre cerca de 230 mil famílias, mas não é suficiente. Precisamos começar a avaliar novas formas de produção. Nossa equipe tem acompanhado e debatido isso, porque queremos garantir qualidade de vida e permanência no campo com dignidade.”
Sobre a cultura de subsistência e os grandes projetos em curso, o secretário relatou que cada caso é tratado de forma específica, de acordo com as particularidades de cada região.
“O Parceiros da Mata vai atender 73 municípios em quatro territórios, promovendo aumento de produtividade, qualificação dos produtos, agregação de valor e comercialização. Agora, vamos atuar em 49 municípios no programa Sertão Vivo, voltado para os 42 municípios com menor índice pluviométrico histórico. A proposta envolve reservação de água e melhoria da produção. Se for criação animal, buscamos melhorar a produção de alimentos e silagem.”
Ele finalizou dizendo:
“Nas regiões onde já há água, como em áreas com rios, atuamos preparando o solo e orientando para produção com armazenamento. Cada região demanda uma estratégia diferente, e é assim que estamos conduzindo nosso trabalho.”
Escrita pela estagiária Fernanda Martins, com informações Miro Nascimento. Foto divulgação