Fernanda Martins 
A partir de 05 de junho (quinta-feira), o Museu Casa do Sertão da Universidade Estadual de Feira de Santana (UEFS) abre ao público a exposição “Os Bambas do Nordeste – 50 Anos de História”, uma homenagem ao icônico grupo forrozeiro que ajudou a moldar o som dos festejos juninos no Brasil.
A mostra oferece uma imersão no universo do Forró, reunindo imagens, instrumentos, objetos e documentos que revelam os bastidores e os palcos dessa trajetória.
Reconhecidos pelo IPHAN como inovadores ao incorporar o trombone no Forró através de Jacinto Limeira, Os Bambas do Nordeste marcaram gerações com sua alegria contagiante e musicalidade criativa.
A banda é liderada atualmente por Baio do Acordeon, que guarda até hoje a sanfona branca presenteada por Luiz Gonzaga.
A exposição destaca os 11 discos gravados, coletâneas e histórias pessoais dos integrantes, que por meio do talento e da amizade consolidaram um estilo sonoro único. Um dos marcos históricos foi o convite de Abdias Filho (Diretor Artístico da Gravadora CBS) para a formação do conjunto, ainda na década de 1970, com forte presença em festas populares, especialmente no São João.
Baio do Acordeon, reconhecido por Gonzagão como mestre da sanfona, teve seu talento revelado em Feira de Santana BA em 1974. Desde então, sua trajetória se entrelaça com a história do grupo e com o próprio imaginário musical nordestino, fundindo tradição e inovação em uma sonoridade inconfundível.
Na abertura da exposição acontecerá o primeiro Sarau do Museu com a apresentação musical d’Os Bambas do Nordeste, que trará os seus principais sucessos e histórias.
Mais Atrações no Museu
A exposição integra a retomada da programação do Museu Casa do Sertão, que segue com mostras de artistas como Bel da Bonita (in memoriam) e Edson Duarte; Antônia Tumbalalá; Marilene Brito; Elaine Oliveira e Hortência Sant’Ana. As exposições abordam temas como moradia, memória, resistência indígena, cultura popular e identidade sertaneja.
Destaque também para a exposição “Sertão em Flor”, de Elaine Oliveira e para a Mostra sobre a Micareta de Feira de Santana.
O museu completa 47 anos em 2025 e passou por reformas que modernizaram seus espaços de preservação e exposição, reforçando seu papel como guardião da cultura sertaneja.
Serviços
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