Jonas Paulo promete resgatar protagonismo do PT na Bahia em nova candidatura

Jonas Paulo, candidato à presidência do PT Bahia pela corrente CNB, promete resgatar a essência do partido. Em entrevista ao Dia a Dia News, ele fala sobre seus planos futuros e sua candidatura.

“A gravidade do momento político nacional e estadual, as condições de canalização do nosso projeto, com uma certa polarização que permanece no país e que se reflete na Bahia, em menor escala, mas se reflete fazem com que as lideranças do PT entendam ser importante o retorno de uma liderança que foi bem-sucedida na gestão do partido”, disse Jonas.

Ele relembra sua passagem pela presidência do PT Bahia:

“Quando entrei na presidência, tínhamos 27 prefeituras. Saí com 93. Tínhamos 5 deputados federais, saí com 10. Tínhamos 7 estaduais, saímos com 14. Estávamos com 187 vereadores, saí com 523. Presentes em 324 municípios, saímos em 416, sendo 382 com diretórios organizados.”

Reconhecendo as dificuldades do processo político tanto no estado quanto no país, o candidato afirma que atuará ao lado do presidente Lula:

“Essa eleição é importante porque repercute no cenário internacional. A geopolítica está extremamente desequilibrada: os BRICS crescem, os países emergentes se movimentam, enquanto os Estados Unidos se aproximam de um governo de extrema-direita, adotando um protecionismo absurdo e tentando, inclusive, isolar os países emergentes.”

Jonas destaca que seu retorno se deve à perda da essência do partido, pois, segundo ele, a atual direção não conduziu o PT com a firmeza necessária:

“O PT perdeu a essência, perdeu sua capacidade de propor, perdeu o protagonismo. Perdemos a liderança da coalizão. Mas é preciso renovar. Eu sou uma liderança consolidada, venho da fundação do PT.”

Sobre o desafio de recuperar a força inicial do partido, Jonas afirma que o tempo prolongado no governo gerou acomodação:

“As políticas governamentais, ou o modo de fazer política de governo, começam a invadir o partido. E as pessoas do partido passam a se confundir: não sabem mais se são militantes do governo ou do partido quando, na verdade, são militantes do partido. Não é o governo que deve influenciar o partido. É o partido que precisa influenciar o governo, ainda mais sendo um governo de coalizão.”

Ele continua:

“Precisamos, com nossos parceiros, ser leais, mas agir com a nossa forma de fazer política. Influenciar o governo, porque, afinal de contas, o governador é filiado ao nosso partido. É isso que estamos tentando resgatar. Para isso, é necessário um partido em movimento, um partido em ebulição ou seja, um partido funcionando.”

Jonas finaliza:

“O governo só vai avançar se houver quem impulsione esse avanço. E o PT perdeu essa energia. Não podemos negar. O PT perdeu essa energia, perdeu até a perspectiva. Estamos justamente retomando essa perspectiva. Somos um partido no governo, mas, mais do que isso, somos o partido do governo.”

Escrita pela estagiária Fernanda Martins, com informações Miro Nascimento. Foto divulgação

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