O prefeito de Feira de Santana, José Ronaldo de Carvalho (União Brasil), afirmou em entrevista ao portal Conectado News que os pagamentos às bandas que se apresentaram na Micareta 2025 ainda não foram efetuados devido a um impasse envolvendo a associação responsável pelos contratos, supostamente a Bandafes (Associação das Bandas de Feira de Santana). Segundo o gestor, a Prefeitura já encaminhou o caso ao seu departamento jurídico e não descarta levar a questão à Justiça.
“Quem assinou o contrato foi o presidente da associação. O município quer pagar exatamente o valor assinado, nem mais nem menos. Mas, como está havendo esse problema, e isso vem incomodando a gestão, porque as bandas querem receber e a Prefeitura quer pagar, já encaminhei o caso para a Procuradoria do Município”, afirmou.
De acordo com o prefeito, o contrato firmado previa a participação de bandas previamente selecionadas pela Secretaria Municipal, mas há relatos de que outras atrações teriam sido “enxertadas” na programação, inclusive grupos de Salvador, o que teria alterado os valores acordados inicialmente.
“Eles dizem que algumas bandas foram incluídas depois, extrapolando o valor acordado. Mas quem encaminha as bandas é a Secretaria, e tudo foi estipulado previamente. Se há divergência, é a associação quem precisa resolver isso com seus associados”, disse o prefeito, reforçando que os pagamentos só não foram realizados por conta do “impasse interno” da entidade.
São João e São Pedro também sob risco
Questionado sobre os festejos juninos, José Ronaldo foi enfático ao afirmar que o mesmo modelo de convênio utilizado na Micareta não poderá ser repetido para o São João e São Pedro, justamente por conta da insegurança jurídica gerada pelo problema com a Bandafes.
“Infelizmente, não temos outra associação com a documentação necessária. A única que apresentou foi essa, e como está gerando problema, não há como fazer um novo convênio com ela”, explicou. O prefeito destacou ainda que uma nova legislação, em vigor desde 1º de janeiro de 2025, endureceu as exigências para a contratação de bandas via administração pública, dificultando ainda mais a participação de artistas locais.
“Não é exigência da Prefeitura, é exigência de lei. E se essas bandas não têm os documentos, infelizmente, não poderão se apresentar”, concluiu, lamentando a situação.
Com informações: Luiz Santos Foto: Fernanda Martins