O Brasil aparece com oito cidades na lista das 50 mais violentas do mundo, de acordo com levantamento do Conselho Cidadão para a Segurança Pública e a Justiça Penal, organização não governamental mexicana. Os dados, referentes ao ano de 2024, foram atualizados em fevereiro de 2025.
Feira de Santana, lidera o ranking nacional, com uma taxa de 55,63 homicídios por 100 mil habitantes, ocupando a 22ª posição no ranking global.
Em entrevista ao Dia a Dia News, o Secretário de Segurança Pública da Bahia, Marcelo Werner, comentou os dados. Segundo ele, a secretaria não discute números de pesquisas, mas atua com foco em ações integradas, inteligência policial e fortalecimento das forças de segurança estaduais e federais.
“Trabalhamos com ações de integração, releitura, forças de segurança estaduais e federais, além de ações de inteligência, o que tem ajudado a aumentar o número de prisões, apreensões de armas e desarticulação de laboratórios de drogas”, afirmou.
O secretário citou, como exemplo, a prisão de um homem apontado como líder de uma facção criminosa com atuação em Feira de Santana. A captura ocorreu no âmbito da Operação Último Ato, realizada pela Força Integrada de Combate ao Crime Organizado (Ficco) da Bahia e São Paulo, com apoio da Polícia Militar (Rondesp Leste) e da Polícia Civil (DH-Feira).
Segundo Werner, o governo tem investido em novas viaturas, contratação de policiais, melhorias na estrutura física e ações em diversas frentes.
“Esses investimentos têm refletido na redução dos índices de crimes violentos, não só em Feira de Santana, mas em todo o estado da Bahia”, destacou.
Sobre o levantamento internacional, o secretário afirmou encarar os dados com naturalidade e reforçou que houve diminuição nos índices de violência em Feira de Santana nos últimos dois anos.
“Somos conscientes do trabalho e da ação que precisam ser feitos. Hoje, o governo inaugura mais um projeto do programa Bahia pela Paz, uma importante iniciativa de justiça e segurança. A polícia está pronta para fazer o enfrentamento, e estamos fazendo.”
Werner ressaltou os avanços nas ações de combate às facções criminosas:
“Aumentamos o número de prisões, apreensões, desarticulação de laboratórios e valores apreendidos. Estamos asfixiando as facções, mas é preciso também atuar com políticas públicas que acessem o jovem que está morrendo ou sendo aliciado por essas organizações.”
Ele defendeu a integração de ações sociais como forma de prevenção à violência:
“As comunidades estão sendo violentadas pelas facções, e ações como essas visam promover a aproximação com a educação, o esporte, o lazer e a cultura. São pilares importantes, assim como a família e a religião, para a segurança pública.”
Ao falar sobre a juventude, Werner reforçou a importância da educação e de programas sociais:
“Quando vemos a inauguração de escolas de tempo integral, sabemos que ali está o futuro. É a conscientização, a educação, a oportunidade para aqueles jovens e crianças. O programa Praça pela Paz visa essa aproximação com a comunidade e já chegou a dois bairros populosos de Feira de Santana. É uma assistência que passa por educação, cultura, cursos técnicos e busca ativa de estudantes fora da rede de ensino, para trazê-los de volta às escolas.” finalizou
Escrita pela estagiária Fernanda Martins, com informações de Miro Nascimento Foto divulgação