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Presidente do sindicato relata realidade bastante desafiadora enfrentada pelos trabalhadores rurais do município

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Em entrevista ao programa e ao portal Dia a Dia News, a presidente do sindicato dos trabalhadores e agricultores em Feira de Santana Adriana Lima que trouxe à tona uma realidade bastante desafiadora enfrentada pelos agricultores do município.

A presidente do sindicato expressou a sua preocupação com a situação das pastagens, a alimentação dos animais e a preparação do solo para o plantio. Ela ressaltou ainda a falta de assistência técnica e de recursos necessários para a melhoria da atividade agrícola.

Segundo Adriana, a estiagem prolongada afetou o plantio e alimentação dos animais:

“ A chuva chegou, mas estamos enfrentando o sol muito quente. A pastagem não saiu com vontade de sair e a cada momento que passa os agricultores sofrem, e em especial os animais, porque não tem pastagem ainda para eles se alimentarem.”

Mesmo com baixa previsão de chuva, Adriana destacou a fé e o otimismo do homem e da mulher do campo para um inverno mais produtivo.

Além das dificuldades advindas do próprio clima, Adriana Lima ressalta que o agricultor se sente isolado por não ter o suporte técnico ou ajuda adequada das autoridades competentes:

“Era para ter barragem, condições humanas para o ser humano que lá está, mas infelizmente não há essa preocupação por parte do poder público. Isso faz uma falta, a gente conhece muito bem essa realidade e tem sobrevivido com essa ausência. E sobrevivido da pior forma possível.”

Na busca por atender aos clamores da comunidade rural do município, uma reunião foi realizada para discutir as necessidades do grupo, resultando em um documento que destaca questões como a limpeza das aguadas e a falta de cestas básicas para os agricultores.

“Um dos pedidos desse documento é a limpeza das aguadas já que os agricultores não têm condição financeira de limpar. Também solicitamos cestas básicas, porque a fome se contém muito forte no meio rural.”

Alertando para a realidade das estradas precárias e do solo degradado, a presidente do sindicato dos agricultores frisou que a correção do solo, importante para a produtividade agrícola, está longe de acontecer, e descreve os motivos desse impasse:

“ Não tem avançado, porque não existem políticas para as pessoas do meio rural. Falta um olhar diferenciado para nós. Precisamos ter um engenheiro e um técnico agrícola, o pessoal da universidade para acompanhar essa questão.”  

Sobre a possibilidade de repensar um novo calendário agrícola, Adriana Lima afirma ser essa uma necessidade dos agricultores, mas salienta que o agricultor sozinho não é capaz de pensa-lo.

“ Isso deve ser baseado em estudos feitos por pessoas de mais conhecimento, mas infelizmente essa realidade é invisível perante o poder público.” A presidente afirmou que participará de uma audiência junto a autoridades municipais no próximo dia 17 e levará as diversas pautas de reivindicações da comunidade agricultora.

Escrita por Letícia Linhares com informações de Miro Nascimento

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