O presidente da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica Regional Bahia, Victor Felzemburgh, alertou sobre o uso do polimetilmetacrilato (PMMA) em cirurgias e procedimentos estéticos. A substância plástica é utilizada no Brasil como preenchedora em cirurgias. No último dia 22, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) pediu que o PMMA, utilizado nesses métodos, fosse banido no Brasil como substância preenchedora.
Em entrevista ao BN, o presidente da SBCP-BA explicou sobre a composição do material no país e a sua indicação.
O cirurgião plástico chamou atenção ainda para o risco de morte que pode ser causado devido a uso do PMMA de forma incorreta.
“Na literatura a gente tem alguns relatos de mortes, de embolização. Além dos problemas de oclusão arterial, de preenchedor, de cegueira, como outros problemas graves […]”
O médico indicou ainda a respeito do aumento no número de problemas ocasionados por PMMA em cirurgias plásticas.
“Não temos nenhum mecanismo de quantificação. Isso não é notificação compulsória, isso não vai para o dado do Ministério da Saúde. A gente teve um censo da Sociedade de Cirurgia Plástica em 2017, com um número elevado de casos e complicações, sendo 17 mil casos em 1 ano. Quase 5 mil operações só por conta disso, fora os pacientes que não aparecem e ficam deformados e não tem resultado, mas também não se queixam. […]”
Fonte: Bahia Noticias Foto: Igor Barreto / Bahia Notícias