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Eficiência e durabilidade: a importância do controle de qualidade nas obras públicas, segundo o engenheiro Mendes

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O engenheiro civil José Mendes de Araújo falou, em entrevista ao programa Dia a Dia News desta segunda-feira (24), acerca do controle de qualidade nas obras públicas.
Esse controle de qualidade é uma metodologia para prevenir e minimizar os possíveis impactos negativos em projetos de construção civil por meio da devida fiscalização.

No contexto municipal, a atividade torna-se ainda mais importante para o equilíbrio das contas públicas, já que os prejuízos de uma obra podem impactar diretamente no orçamento.

Para que os resultados sejam entregues com a qualidade esperada, é importante seguir algumas premissas. Dentre elas, Mendes destacou a evolução trazida pela lei das licitações, que regulamentou as contratações de empreiteiras, trazendo maior responsabilidade e confiabilidade para a construção de obras públicas.


“Tivemos uma evolução muito grande no país a partir da lei das licitações, porque isso evitou toda aquela confusão que tinha de cada um contratar quem quisesse e depois não ter como reclamar, justificar, e responsabilizar os serviços malfeitos e obras mal construídas”, destacou.

Apesar desse avanço, o engenheiro ressaltou que ainda há uma frequente baixa na qualidade nas obras públicas, reconhecida em prédios administrativos, prédios de escolas, hospitais, portos, viadutos, estradas e pavimentos de rua devido a má qualidade nos projetos ou a má execução de projetos bem feitos.

Ele destacou que para existir a eficiência e a qualidade na obra é necessário a fiscalização de campo, ou seja, o trabalho de profissionais da área da construção civil e não de autoridades políticas.

De acordo com José Mendes para que uma obra pública tenha durabilidade, seja ela concluída ou inacabada, existem princípios de qualidade que regem a compra e a instalação de materiais, antes da construção. Dentre esses princípios, ele citou o controle tecnológico do concreto e do aço, e o ensaio de materiais como areia, brita e madeira.

Com esse controle, é possível monitorar e garantir que os padrões da ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas) ou de outras associações sejam cumpridos. Por isso, não é possível identificar a baixa qualidade dos materiais quando a obra já está finalizada: “a equipe de fiscalização não tem raio-X para identificar a qualidade dos produtos depois que a parede já foi construída, a pintura foi feita, e laje instalada, por exemplo”, afirmou o engenheiro.

Escrita: Estagiária Letícia Linhares Fonte: Miro Nascimento Foto: Letícia Linhares

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